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quinta-feira, 19 de novembro de 2020

Eleições 2020 em São Vicente do Sul

 

        

 

        Disse e repito: o melhor é que não tivesse havido eleição neste ano. Ninguém perderia um pedaço se os atuais prefeitos tivessem seu mandato ampliado até março ou abril, do ano que vem, quando, segundo parece, já teremos a vacina.

        Mas veio a eleição e com ela, certamente, aglomerações, contatos, apertos de mão, abraços, beijos, com ou sem máscara, lavando ou não as mãos, etc. e tal.

        O vírus pode não ser tão perigoso e devastador quanto muitos querem fazer crer. Mas está aí, contagiando e matando pessoas. Já estamos num estágio em que todos conhecemos alguém que se foi, levado pela Covid-19. Assim, ignorar o perigo e os riscos é um baita atestado de burrice. Só que tem muita gente que se acha o suprassumo da inteligência e o único certo. Não usa máscara, não cuida a si próprio e, pior, não cuida dos outros.

        Tivemos, inclusive, muitos ou quase todos os candidatos fazendo campanha sem máscara. Talvez querendo vender a imagem de que nada têm a esconder ...

        São Vicente não foi exceção e as redes sociais estão cheias de vídeos de gente aglomerada, sem os mínimos cuidados quanto distanciamento, máscaras, esssas coisas.

        Parece que está marcada uma carreata ou passeata de comemoração da vitória da coligação "Vem com a gente São Vicente". Nada contra curtir o resultado de um trabalho vitorioso nas urnas. Só que isso não pode se transformar em disseminador de perigo aos cidadãos.

        Com a eleição, muitos vicentenses vieram de longe para votar. Quem garante que todos eles estavam livres do vírus? Quem garante que nenhum deixou a sua marca por aqui?

        Ainda que nos locais de votação se tomassem todos os cuidados, não havia como garantir cem por cento de segurança. O votante tinha que assinar uma planilha manuseada antes por muitos outros eleitores. Mesmo apertando os botões da urna com a caneta, o que muitos não fizeram, pois usaram os dedos, o corona poderia estar por ali. Torçamos para que não tenha havido contaminação ou que tenha havido em pequeno número.

        Acontece que a "festa da vitória" prevista, parece que para sábado ou domingo, será bem nos dias em que eventuais contaminados pela eleição estarão no auge do potencial para infectar outras pessoas. Esperemos não pagar um preço alto por essa "pressa" em realizar troca de prefeitos e vereadores.

        Se muitas empresas pararam, se muita gente quebrou, se escolas ainda não voltaram,  por que motivo as atividades eleitorais (eiras) não poderiam aguardar mais alguns meses?

        Certo ou errado o TSE decidiu expor todo o mundo e agora resta torcer para que o preço da imprudência seja o menor possível.

        E por falar no que está feito, como se esperava, Fernando Pahim, o Fernandinho, elegeu-se prefeito e com tranquilidade. Esperemos que faça uma administração competente, honesta, enxuta, investindo mais em serviços e menos em pessoal do que na administração passada. Acreditamos que volta mais experiente e que fique com os acertos e elimine os erros do seu mandato anterior.

        Surpresa, mesmo, foi a grande renovação da Câmara de Vereadores. Somente quatro dos antigos conseguiram voltar. Tivemos uma renovação de 55,5% na Câmara.

        Isso demonstra que a população já não é mais tão prisioneira de certas práticas de candidatos que buscam eleger-se a qualquer custo.

        Entre os novos temos gente que, sabidamente, não teve como conquistar eleitores com promessas, favores, etc. Até por falta de condições para tal. Isso é ótimo.

        Uma surpresa marcante foi a excepcional votação da advogada Maria Helena Morrudo Castro Vicente, a terceira mais votada, perdendo apenas para o Coió e o Gordo, por diferença mínima.

        Tinha gente que não acreditava na sua eleição, pois afirmavam que ela não era tão comunicativa quanto devem ser os candidatos. Pois quebrou o paradigma do sorriso, do abraço, do aceno, do beijo, como forma de angariar votos. E com uma senhora votação. Sinal de que os tempos estão mudando em São Vicente.

        Como já se esperava, o Flávio Pahim, quarto político da família, elegeu-se vereador. O nome do dr. Fernando Pahim tem uma força na comunidade, que, realmente, até merece um estudo mais aprofundado.

        Prosseguindo a renovação, tivemos, finalmente, o filho do ex-prefeito Jorge emplacando uma cadeira na Câmara.

        Pelo PT veio a Danieli e, pelo PDT, o Victor Just, que completaram a lista dos novos.

        São Vicente espera que a futura administração consiga levar este antigo município a progredir, recuperando o século e meio de marasmo e estagnação.

        Temos localização privilegiada, temos potencial produtivo, temos muita gente realmente trabalhadora.

        Falta uma administração futurista, voltada para o progresso, não para a próxima eleição, única forma de rompermos com a marcação de passo da Terra Doce do Centro Oeste.

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